Dois eventos recentes, sendo um do Andes Sindicato Nacional e um do Fórum Nacional de Entidades do Serviço Público Federal (Fonasefe) ratificaram o indicativo, para março, de greve geral unificada pela recomposição salarial emergencial de 19,99% para todo o conjunto do funcionalismo, após anos de deterioração salarial. Pelo Andes, a reunião do Setor das IFES encaminhou a construção da greve para 23 de março, data indicada também na Plenária do Fonasefe. A Apruma se fez presente nas duas reuniões.
As discussões em torno da mobilização unificada pela recomposição salarial vêm sendo feitas desde o ano passado, quando as entidades do serviço público estreitaram a unidade em torno de sua pauta, (o que impediu, ainda em 2021, a aprovação da PEC 32 – reforma administrativa). Com o avanço da unidade, as forças se somaram para reivindicar a recomposição salarial negada há anos pelo governo.
O indicativo de greve unificada, inclusive, foi referendado em Assembleia Geral da Apruma realizada em 27 de janeiro. Esse indicativo foi levado pela Seção Sindical tanto para a reunião do Setor das IFES, do Andes-SN, quanto para a Plenária do Fonasefe.
Retorno
A Assembleia da Apruma (que contou com a participação do professor Amauri Fragoso, Primeiro Tesoureiro do Andes-SN, que fez exposição sobre as perdas salariais do funcionalismo e, em especial dos docentes) considerou fundamental a construção da mobilização pela base, indicando também, com isso, a necessidade de retorno com segurança das atividades presenciais na Universidade.
Assembleia anterior da Apruma, realizada em 13 de janeiro, também já havia indicado a necessidade de retomada dos espaços, ressaltando a falta de plano da Administração Superior da UFMA que aponte nessa direção. Essa situação, aliás, repete-se nas IFES pelo país, segundo analisou a Reunião do Setor realizada pelo Andes.
A Assembleia apontou então a necessidade de reforçar a ocupação do espaço físico acadêmico, e, para tanto, deve-se manter a observação dos estágios atuais da pandemia, o posicionamento da Administração Superior quanto ao retorno com um nível de segurança adequado (com medidas como passaporte vacinal, estruturação sanitária dos espaços etc).
Assim, o movimento docente cobra a elaboração de um plano institucional, discutido com a comunidade acadêmica, que aponte para o retorno presencial.
A Assembleia do dia 27, quando se discutiu a mobilização pela recomposição salarial, indicou, ainda, que a reocupação dos espaços físicos da Universidade possa, dentro das possibilidades, vir se realizando a partir do início deste mês de março.
Greve – calendário de mobilizações
Após discussões sobre as perdas salariais feitas na Assembleia de 27 de janeiro, ficou o indicativo, portanto, de construção da greve pela recomposição salarial junto às demais categorias do serviço público, dadas as perdas acumuladas por todos. O reajuste emergencial geral reivindicado unificadamente é de 19,99%.
Esse índice aliás, foi apresentado ao governo exatamente há 44 dias atrás, completados nesta quinta-feira, 4 de março, sem qualquer resposta efetiva, o que “empurra” os servidores à greve unificada.
Seguindo o calendário apontado pelo Fonasefe e pelo Andes-SN, a luta inicia-se agora e segue por todo o mês, até que a recomposição emergencial das perdas seja atendida pelo governo. A importante vitória alcançada ano passado, quando se impediu a aprovação da reforma administrativa (para a qual, aliás, não se pode baixar a guarda), mostra que é possível, mais uma vez derrotar esse governo.
- Acompanhe a seguir o calendário de mobilizações e construa mais essa vitória
- CALENDÁRIO DE LUTAS:
8M – Mobilização Dia Internacional da Mulher – PELA VIDA DAS MULHERES – EM SÃO LUÍS: PRAÇA DEODORO, 15h;
09/03 – Constituição da Coordenação de Greve (COMANDO NACIONAL DE GREVE)
16/03 – Mobilização, paralisação e greve pelo serviço público e recomposição salarial dos servidores
23/03 – Greve Geral dos Servidores Públicos


